Cidade Negra homenageia Gilberto Gil no Palco Sunset
Já é a terceira vez – e acredite: quando se trata de diminuir a ansiedade por tocar no Rock in Rio, isso não faz a menor diferença. É o que garantem os integrantes do Cidade Negra. Neste sábado (23), quando subirem ao Palco Sunset para executarem um tributo a Gilberto Gil, o nervosismo será o mesmo das outras duas apresentações – a primeira no mesmo palco Sunset, em 2011, e a segunda na edição mais recente, em 2015, quando estiveram no Palco Mundo.
“Neste último, tocamos no mesmo dia da Katy Perry e foi muito engraçado ver os fãs dela – uns meninos de 15 e 16 anos – cantando nossas canções. Ali tivemos a certeza de que nosso público havia se renovado. Para uma banda que já tem 32 anos de estrada, isso é muito importante. Esse é o tipo de situação que o Rock in Rio proporciona, esse tipo de choque, entende? Por isso, nunca vai ser tranquilo nos apresentarmos nele”, refletiu o vocalista Toni Garrido.
Afirmação interessante para uma banda que já teve de encarar de tudo, desde o início, em meados da década de 1980 – quando ainda se chamava Lumiar e a realidade das ruas de Belford Roxo indicava poucas perspectivas de sucesso – até ser o primeiro grupo da América Latina a se apresentar no agora extinto Sunsplash, maior festival de reggae do planeta, realizado na Jamaica.
Dentro do meio musical, poucos contestam que o Cidade Negra é a mais bem sucedida banda de reggae surgida por aqui – sobretudo depois que Garrido se juntou a Lazão, Bino e Da Gama, substituindo Ras Bernardo e levando a banda, antes bem próxima do que se pode chamar de reggae raíz, a um direcionamento mais pop.
Álbuns como “Sobre todas as forças” (1994) e “O Erê” (1996) e “Quanto mais curtido, melhor” (1998) se transformaram em sucessos de venda e levaram o reggae brasileiro do grupo ao grande público.
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